quarta-feira, 27 de abril de 2011

Karma, my ass...

Escrevo, mais uma vez, para o desanuvio, para o desabafo, para o alivio desta alma, que experimentou coisas neste dia, coisas que para mim são da vida, são minhas, são de todos, mas que para mim têm um foco principal, um holofote potentíssimo num palco demasiado grande para albergar tudo o que me rodeia.

 As grilhetas da minha alma apodrecem, roída pela minha vontade, o leão adormecido há muito no meu ser, acorda do seu longo e profundo sono para rugir uma vez mais, para iluminar esta terra que tanto já testemunhou, tanta profecia maligna que ainda mais maléfica se tornou, diabólica supostamente o suficiente para acontecer. Vi um cão, sabes Deus porquê quase reavivado das minhas mais queridas e lindas memórias, ser atropelado por mais um produto defeituoso desta sociedade sínica, epicamente auto-destruidora, fábrica de tanta série, que, ao ver o pobre Ser, moribundo, definhando-se a passos largos, o coração batendo descompassadamente, que nem louco, pedindo sofregamente um último suspiro, para o término de toda a sua agonia, para o fim daquela acção vil, tresloucada, sem nenhuma razão de sequer ser idealizada. Estava com dois grandes amigos meus quando isso aconteceu, num café pacato, mas agitado naquele momento, em que toda a realidade foi engolida por uma colossal gota de âmbar, parando tudo. O mundo, naquele momento, existia para aquele pequeno ser, que ali lutava brutalmente, com a força de um Deus, contra tudo o que a Biologia dita.

 O meu coração parou, o meu cérebro fritou de uma molécula a outra, vendo toda aquela cena mórbida. Fraco, reuni forças nas canetas para me levantar ao mesmo tempo de uma simples senhora, que fez questão de parar todo o trânsito, para transportar o pobre animal para a berma do passeio. Os meus pés congelaram, as minhas pernas, todo o meu corpo ficou à deriva, à procura de outro dono, excepto um simples órgão que para sempre me será leal: o meu coração. Sinto-me um fraco, pois não ajude, não consegui mudar o mundo, não consegui ajudar uma pobre alma que sozinha nunca teria ganho a guerra...

Arrependo-me de muita coisa, e esta é uma delas...

  EU bem sei que o mundo é feito destas coisas, mas o palco é grande, e existem vários protagonistas ao mesmo tempo, de outra maneira não seria possível a nossa vivência, pois palavras leva-as o vento, os actos, no mínimo, ficam marcados na memória, mas principalmente, na nossa alma.

Peço imensa desculpa se o meu discurso se torna repetitivo, mas eu cresci com uma ideia de que a vida recompensava aqueles que praticavam o bem, que proliferavam a felicidade, a alegria, o contentamento na vida dos outros, sejam pequenos, grandes, feios, lindos, incapacitados, qualquer ser que necessite de uma mão que mais ninguém esteja disposta a estender, e a castigar aqueles que tomam atitudes abomináveis, como a que vi hoje, e ficar de braços cruzados é algo que nunca me passa pela real gana quando imagino estes cenários, mas fui fraco. Fraco. Fraco. Fraco. A palavra, todo o filme ecoa, ribombando, na minha mente, com uma força que me tira o sono.

Quero ser forte, quero ter a força necessária, para quando vir alguma alma a pedir a minha ajuda, conseguir dar um paço na sua direcção, depois outro, depois outro, até que a minha ajuda e a minha intenção estejam suficientemente perto para poderem servir de algo...

Onde anda o karma quando a vida precisa dele?

sexta-feira, 15 de abril de 2011

War inside my head!!

Marchei para a guerra, fria, dolorosa, verdadeira. Marchei com o meu exército, de queixo erguido, de lágrima ao canto de olho, mas com um coração pejado de orgulho, de razão, honestidade e altruísmo. Chamem-me o que quiserem, convencido, nariz empinado, pouco me importa!! Neste momento, eu sei as minhas prioridades, e sei o que fazer resolver para resolver todas e quaisquer quezílias que possam existir. Por isso é que, hoje, diante da minha própria consciência como minha tutora, e sei que a "vitória" está ao meu alcance, marcho, destemido ao meu destino, por muito atabalhoado que seja o meu movimento e por muito precipitadas que sejam as minhas estratégias.

Eu hoje sei que mudei a vida de alguém . . .